Nessa semana a Ceriluz enfrentou um dos piores temporais já registrados em sua história recente, resultando na queda de 76 postes de energia elétrica. O incidente iniciou às 22h30 da noite de terça-feira, 03 de outubro, causando a interrupção do fornecimento de energia para 1382 associados.
Além dos postes caídos houve ramais rompidos por quedas de árvores ou galhos, transformadores queimados e desarmes de chaves, atingindo principalmente os municípios de Catuípe, Chiapetta e Nova Ramada. A área mais afetada, no entanto, incluía as comunidades de Esquina Neves, Bom Sucesso e o Reassentamento Nova Esperança, em Catuípe, onde estavam localizados todos os 76 postes caídos. As equipes da Ceriluz entraram em ação imediatamente, enfrentando desafios significativos, como estradas bloqueadas devido à queda de árvores. Telhados de casas e galpões danificados, lavouras devastadas e as fileiras de postes caídos lembravam a cena de um tornado localizado.
"A prioridade desde o início foi garantir a energia aos associados e isso foi feito com a maior agilidade possível, graças ao esforço de nossos colaboradores e também, com a ajuda de muitos associados" destaca o presidente da Ceriluz Distribuição, Guilherme Schmidt de Pauli. Ele se refere a colaboração dos moradores através da cedência de tratores e máquinas para desatolar caminhões e caminhonetes nas lavouras, desempenhando um papel crucial na restauração do fornecimento de energia. “Situações como essas são muitos intensas para nossos funcionários, mas eles seguem em frente para garantir energia aos associados. É desafiador, mas, infelizmente, de tempos em tempos condições extremas nos atingem e precisamos estar preparados para superá-las”, conclui Guilherme.
Com esse esforço coletivo, a realização de manobras - deslocamento das demandas para outros ramais - e foco em situações de resolução rápida, a maioria das ocorrências foi resolvida até o final da noite de quarta-feira. Contudo, cerca de 50 Unidades Consumidoras ainda permaneciam sem energia e uma segunda força-tarefa foi organizada, de forma que o fornecimento de energia fosse praticamente normalizado na tarde de quinta-feira, 05 de outubro.
Após a conclusão dos serviços emergenciais, no entanto, a Ceriluz continuará trabalhando nos próximos dias para revisar e, se necessário, corrigir as redes mais danificadas, visando evitar problemas futuros no abastecimento.



Interrupções no fornecimento de energia


O coordenador do Projeto Água Viva, Romeu de Jesus, guiou as visitas, explicando os processos e destacando a relevância da preservação das nascentes para a conservação da água, vital para a geração de energia. As visitas fazem parte do esforço do Projeto Água Viva em envolver escolas da região na sua missão de promover a conscientização ambiental e ações práticas para proteger as nascentes.
A Websérie "Energia Fazendo História" buscou revelar momentos cruciais que moldaram a Cooperativa ao longo das décadas. Ela retratou desde os primeiros anos de trabalho, quando a desconfiança sobre o papel de uma cooperativa na distribuição de energia no meio rural pairava, até os esforços incansáveis dos colaboradores e diretores para garantir a eletricidade em áreas com nenhuma infraestrutura ou precária. O último episódio trouxe como destaque a participação do presidente Iloir de Pauli, que está próximo de completar 50 anos na Cooperativa, onde atuou com colaborador e como diretor. “Qual era a função da Ceriluz lá atrás? Era levar energia e fazer pessoas felizes! E qual é o futuro da Ceriluz? Ela vai continuar levando energia, internet [...] e vai continuar fazendo pessoas felizes com esse trabalho que for feito”, concluio o presidente.
A Ceriluz esteve representada pelos diretores Guilherme Schmidt de Pauli, presidente da Ceriluz Distribuição, Sandro Lorenzoni, secretário, e pelos colaboradores, Fernando Wielens, gerência administrativa, e Rúbio Michael, gerência contábil. Entre os temas abordados na missão estavam o desenvolvimento da Geração Distribuída (GD) no país europeu e seus impactos às distribuidoras; o desenvolvimento do hidrogênio verde; regulamentação de cooperativas e distribuidoras de energia pelos órgãos de governo; relacionamento das cooperativas com associados e clientes, inovações nas áreas técnicas, entre outros. Conforme Guilherme Schmidt de Pauli, foi uma excelente oportunidade de trocar conhecimento, não só com as empresas e entidades alemãs, mas com os próprios colegas de federação. “Foi uma semana de imersão no setor elétrico, alemão e brasileiro. Pudemos perceber inovações adotadas pelos alemães, mas também perceber que em muitas situações, já nos igualamos ou superamos as tecnologias alemãs, especialmente no que diz respeito à energia renovável, onde o Brasil é privilegiado”, afirma Guilherme. No entanto, conforme o presidente, é um momento ímpar de aprendizagem, justamente pelas diferentes características dos dois países, que exige dos alemães muita criatividade para obter os melhores resultados na geração de energia, sem depender de combustíveis fósseis. O diretor secretário Sandro Lorenzoni salienta que os alemães estão numa busca desafiadora por estabelecer uma matriz energética mais limpa e sustentável, através da implantação de inovações que irão se refletir em breve no cenário elétrico mundial. “Viagens como esta são oportunidades de reflexões, e percebemos, principalmente, que já estamos no caminho certo, optando por fontes renováveis, como a hídrica, mas também pensando em alternativas como solar, eólica e até mesmo o chamado hidrogênio verde”.